Sob as margens da consciência
Adotou-se o esquecimento
Tão rápido e lívido
Trouxe algo pior
O nada!
Tão rápido
Não vi seu aparecimento
Do silêncio e da dor nasceram
A resposta e o conflito fizeram nascer a falta
E dentre todos os adjetivos e combinações possíveis
Fizeram-se tão desejadas.
Mas quem pode dizer serem tão desejadas?
O que foi feito deve permanecer
E o nada não é realmente nada
Apenas infundado
Mas em seu interior habita os sentimentos
Protegidos pelo nada.
O vazio vem como arma e conciliador para tanta dor
A consciência escolheu.
O povo escolheu a lembrança
Sua voz é forte
E a minha inaudível.
Os gritos extenuantes tornaram-se o silêncio da minha face
As paredes são minha consciência
Imóveis
Protetoras
E Mudas.
Para que tantos gritos?
Para eles não pararem de questionar?
Para não oferecerem a si mesmos?
Oferecerei a mim mesmo a mim.
O único tributo que necessito.
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