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sexta-feira, 27 de março de 2015

Desejo

Livre como o vento
eu quero ser,
apenas observo a liberdade,
parece tão fácil, mas sei que não é.

Renunciar as deliciosas algemas,
que tanto amamos.
Apenas fantasio
minha liberdade,
parece tão bela,
mas eu sei o quanto é caro.

Sou hipócrita quando afirmo ter me libertado de certas correntes,
mas no fundo sei que ainda estou presa.
Só pensando em me libertar,
e respirar o fedor do esgoto,
mas quem disse que tudo é perfeito?
Se nem a prisão de delícias é perfeita,
Quem tudo tem, se enjoa facilmente.
Eu lentamente procuro as chaves,
para me libertar da amordaça.
Sair desse pegajoso doce,
e experimentar a amarga libertinagem.

terça-feira, 24 de março de 2015

Não é a hora de ir.

Morte,
Suas garras finas
Tentam pegar as minhas finas mãos entre o vento.
Mas não as conseguem agarrar.

O vento não deixa,
Que você me possua.
O vento se delicia com minhas mãos.
Beija-as ternamente.
E não querem dividi-las contigo.

São mãos finas,
Quase assemelhando as suas.

O decoro é quase absorto.
Mas ainda não é a hora
De ir.

domingo, 8 de março de 2015

domingo, 1 de março de 2015

Velhos óculos

Via de um jeito,
vejo de outro.

As lentes mudaram,
elas sempre mudam.

Mudam constantemente,
a cada dia que passa, um óculos diferente.
Mas fica na memória o óculos sem cor, sem aros, que usei aos 5 anos.
Vi coisas comuns,
mas aqueles óculos,
como que mágicos,
fizeram eu ver dentro da minha cabeça princesas,
rios de fogo,
finais felizes,
bondade,
coragem,
a chuva,
a felicidade,
a dor,
os olhos do papagaio,
o céu azul.

Eram tantas coisas, mas não me recordo mais,
só as sensações vem,
daquele óculos,
gostaria de usá-lo novamente,